A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento foi de 0,7 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, que registrou 6,1%, o menor índice desde o início da série histórica, em 2012.
Apesar do crescimento no desemprego, o rendimento médio dos trabalhadores alcançou um recorde de R$ 3.378, com uma alta de 1,3% no trimestre e de 3,6% em relação ao acumulado do ano. Além disso, o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,6 milhões, o maior já registrado desde que a série começou.
De acordo com o IBGE, atualmente há 7,5 milhões de pessoas em busca de trabalho, um aumento de 10,4% em relação ao trimestre anterior. No entanto, esse número ainda é 12,5% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a taxa de desocupação era de 7,9%.
A população ocupada totalizou 102,7 milhões de trabalhadores, considerando empregos formais e informais. O número caiu 1,2% nos últimos três meses, mas subiu 2,4% em um ano.
O crescimento dos empregos formais também reduziu a taxa de informalidade, que agora corresponde a 38,1% dos trabalhadores, contra os 38,7% registrados há três meses.
A massa total de rendimentos chegou a R$ 342 bilhões, estabelecendo um novo recorde. Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, o aumento do desemprego segue um padrão sazonal, já que é comum a maior busca por trabalho nos primeiros meses do ano.