Entregadores de aplicativos iniciam uma greve nacional nesta segunda-feira (31), que deve durar até terça-feira (1), exigindo melhores condições de trabalho e aumento de remuneração. A paralisação está sendo apoiada por trabalhadores de diversas regiões do Brasil e promete afetar a operação desses serviços em cerca de 60 cidades, incluindo 19 capitais.
O movimento, intitulado “Breque dos Apps”, é liderado por representantes de entregadores, como Junior Freitas, que destacam a precarização da profissão e as condições de trabalho insustentáveis. “Somos precarizados há muito tempo e sabemos que é a remuneração que dita o quanto tempo precisamos trabalhar e ficar na rua se arriscando”, afirmou Freitas.
As principais reivindicações incluem:
- aumento da taxa mínima por entrega de R$ 6,50 para R$ 10,00;
- aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50;
- limitação do trajeto para bicicletas a no máximo 3 km por pedido;
- o pagamento integral por cada entrega, mesmo em rotas com múltiplos pedidos.
O movimento ganhou força nas redes sociais, com vídeos e manifestações convocando entregadores em todo o país. Embora não haja certeza de adesão total, os organizadores afirmam que a mobilização é histórica e visa chamar a atenção do poder público para a situação da categoria.
“É a hora de mostrar a nossa revolta e que não estamos mais contentes com o que vem acontecendo com essa categoria, precarizada há tanto tempo”, disse um dos representantes da categoria.