A Polícia Civil (PC) revelou nessa segunda-feira (14) que a mãe da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, desaparecida desde a última sexta-feira (11), apresentou pelo menos cinco versões diferentes sobre o suposto sequestro da filha. A informação foi passada pelos delegados responsáveis durante uma coletiva de imprensa O caso mobiliza equipes da segurança pública em Novo Lino, município do interior alagoano.

    Segundo os delegados Igor Diego e João Marcelo, que coordenam as investigações, a mulher chegou a relatar um abuso sexual cometido por dois homens encapuzados, que teriam invadido sua casa e levado a criança. No entanto, essa versão foi rapidamente descartada com base em imagens de câmeras de segurança e depoimentos de vizinhos, que não confirmaram movimentação suspeita no local.

    “Ela disse que teria deixado o portão aberto, o que permitiu a entrada dos criminosos. Mas as câmeras não mostram nada nesse sentido e os vizinhos não ouviram ou viram nada”, explicou o delegado João Marcelo.

    O delegado Igor Diego, disse que a mulher vem mudando seu depoimento conforme os fatos desmentem as alegações. “Gastamos toda a energia da Polícia Militar e da Polícia Civil para verificar cada uma das versões. Quando mostrávamos que não batiam com os fatos, ela inventava uma nova versão”, afirmou.

    Uma das primeiras versões apresentadas foi de que a mulher teria sido abordada por um carro preto com quatro ocupantes enquanto caminhava com a bebê. Dois homens teriam descido do veículo e levado a criança em direção a Pernambuco. A polícia identificou um único carro preto nas imediações — um Chevrolet Classic —, mas descartou a participação do motorista após averiguações e apresentação de documentos que comprovam sua atividade como despachante do Detran em Pernambuco.

    As buscas pela recém-nascida continuam em ritmo intenso. Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros MIlitar (CBM), cães farejadores e peritos estão mobilizados na operação.

    Até o momento, a principal linha de investigação gira em torno das inconsistências dos depoimentos da mãe. A polícia ainda não confirma suspeitas formais contra ela, mas não descarta nenhuma hipótese.

    O caso segue sendo tratado como prioridade pelas autoridades alagoanas.

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