Moradores do bairro Garça Torta, no Litoral Norte de Maceió, realizaram um protesto na noite dessa quarta-feira (16), cobrando respostas sobre o desaparecimento de Ana Beatriz de Moura, de 15 anos, que está sumida a quase duas semanas. Durante a manifestação, um trecho da rodovia AL-101 Norte foi bloqueado com fogo e cartazes com pedidos de justiça também eram exibidos pelos manifestantes.

    Ana Beatriz, aluna do curso técnico de Eletrotécnica do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e moradora do Jacintinho, foi vista pela última vez no dia 8 de abril, por volta das 12h47, na Rua Buarque de Macedo, no bairro do Poço. Naquele dia, ela deixou a escola cerca de quatro horas antes do horário habitual e embarcou em uma motocicleta por aplicativo com destino à região da Garça Torta.

    Uma nova pista surgiu nos últimos dias, quando um short de banho, reconhecido por uma tia da adolescente, foi encontrado próximo à casa do principal suspeito, um homem de 43 anos. A peça foi identificada como um presente dado anteriormente por ela. O suspeito foi preso preventivamente no sábado (12).

    Segundo a família, o homem era conhecido da mãe da jovem e frequentava a mesma igreja. Inicialmente, ele negou qualquer envolvimento com Ana Beatriz, mas depois admitiu que já havia tido contato com a adolescente.

    As investigações também apuram uma movimentação financeira considerada suspeita. Um açougueiro afirmou ter feito um Pix a pedido do suspeito, que primeiro negou e depois confirmou a solicitação. A família também destacou a coincidência entre o local de destino da corrida por aplicativo e a chácara onde o suspeito reside.

    Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Ana embarca na motocicleta, ajudando a polícia a mapear parte do percurso.

    Durante o protesto, a prima da jovem, Jaciely Moura, cobrou a retomada das buscas por parte das autoridades. “Queremos que o canil volte a fazer as buscas pela minha prima. Até então, toda a atenção estava voltada para o desaparecimento da bebê de Novo Lino. Agora que esse caso foi solucionado, queremos que a Polícia Civil e os bombeiros retomem as buscas. Nós estamos procurando por conta própria, sem ajuda”, declarou em entrevista a TV.

    Uma equipe do Gerenciamento de Crise da Polícia Militar de Alagoas foi acionada e acompanhou a manifestação. As buscas por Ana Beatriz continuam.

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