A Justiça de Alagoas negou, nesta quinta-feira (29), o pedido de liberdade do influenciador digital e ex-policial militar Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti. Ele foi condenado a 10 anos de prisão por estupro contra uma mulher em uma pousada no bairro Cruz das Almas, em Maceió.
A decisão foi proferida pelo desembargador João Luiz Azevedo Lessa, que rejeitou o argumento da defesa de que a prisão preventiva era ilegal. Segundo o magistrado, há elementos concretos que justificam a manutenção da custódia, como a violência extrema do crime e o risco de reincidência, já que Ferreti responde a outro processo criminal.
O relator também destacou que a liberdade provisória é uma medida excepcional e que as condições subjetivas favoráveis do réu, como residência fixa ou primariedade, não bastam para revogar a prisão.
Segundo o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), a vítima conheceu Ferreti em um grupo de apostas online no WhatsApp. Após algumas conversas privadas, o influenciador teria começado a oferecer dinheiro em troca de conteúdo íntimo e insinuado que ela deveria “dar algo em troca” para continuar recebendo valores.
O encontro entre os dois ocorreu no dia 16 de junho de 2024. A mulher relatou ter sido agredida com socos, tapas e estrangulamento durante o ato sexual. Mesmo chorando e tentando se afastar, ela afirmou que Ferreti ignorou seu sofrimento e continuou com a violência.
Após o episódio, a vítima registrou boletim de ocorrência, procurou atendimento no Hospital da Mulher e apresentou provas como fotos das lesões, prints de conversas e laudos periciais, que confirmaram os ferimentos compatíveis com o relato.
O influenciador está preso desde dezembro de 2024. A decisão da 4ª Vara Criminal da Capital, que condenou Ferreti, foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas após análise do habeas corpus. Ele nega todas as acusações por meio de sua defesa.